Ao menos nove pessoas ficaram feridas no incidente registrado em Rio Branco do Sul (PR); cabo de alta tensão se rompeu e atingiu a piscina
A chácara que funcionava como um parte aquático, onde uma mãe e dois filhos morreram eletrocutados após o rompimento de um cabo de alta tensão, não possui alvará comercial e foi construída sob um sistema de rede elétrica. A morte das vítimas aconteceu após um cabo se desprender do poste e atingir uma piscina.
De acordo com o delegado responsável pelas investigações, o incidente aconteceu por volta das 14h deste domingo (4), em uma propriedade situada na região rural de Rio Branco do Sul, na região metropolitana de Curitiba (PR). Ao menos nove pessoas ficaram feridas e foram hospitalizadas. Ainda não há atualizações sobre o quadro de saúde delas.
“A propriedade também funciona como parque aquático. As informações preliminares dão conta de que a piscina [atingida pelo cabo] foi instalada embaixo da rede elétrica na localidade. O parque aquático funcionava sem alvará”, disse Gabriel Fontana à Banda B.
O cabo teria sido atingido por um galho antes de se romper e cair na piscina. Houve o registro de ventos fortes na região. “Como tivemos descargas de raios, começamos a tirar as pessoas da piscina, mas sete ainda estavam lá quando o fio arrebentou. Tudo indica que um galho fez romper esse fio. Essas pessoas foram eletrocutadas, mas duas rapidamente conseguiram sair da piscina”, explicou um dos responsáveis pela chácara, Elvo Cavassim.
Segundo o delegado, a propriedade já passou por perícia. Apesar disso, uma perícia complementar – com a presença de membros do Instituto de Criminalísticas e da Copel (Companhia Paranaense de Energia) – deve ser realizada nesta segunda-feira (5).
“Agora, as investigações aguardam o desfecho da perícia. Vamos verificar também o estado de conservação do cabo de energia e se as instalações eram regulares”, acrescentou o delegado.
Em nota, a Copel informou que não gere a chácara, pois trata-se de uma “propriedade privada e alugada pelo proprietário para terceiros com fins comerciais”. Conforme a empresa, o rompimento da rede de energia por galho de pinheiro foi provocada por chuvas com vento de mais de 60 km/h.
“A rede de energia em questão passa por manutenção frequente e continuada, como é o padrão da Copel. A Copel lamenta o ocorrido, se solidariza com as famílias e orienta a todos que obras, inclusive aquelas utilizadas para fins comerciais, como é o caso da referida chácara, são de responsabilidade dos proprietários, mas precisam ser acompanhadas por profissionais de engenharia a fim de garantir que as edificações fiquem afastadas dos fios da rede elétrica”, informou.
Quem são as vítimas
O rompimento do cabo de alta tensão seguido de queda sobre uma piscina matou Roseli da Silva Santos, de 40 anos, e seus dois filhos: Emily Raiane de Lara, de 23 (grávida), e Agner Cauã Coutinho dos Santos, de 17.
Um jovem, de 25 anos, foi socorrido em estado grave; duas pessoas, com 17 e 27 anos, tiveram ferimentos moderados e; seis pessoas, com idades entre 7 e 34 sofreram ferimentos considerados leves. A maioria das vítimas tem menos de 18 anos.
A prefeita de Rio Branco do Sul, Karime Fayad (PSB), lamentou o caso e se solidarizou com a família das vítimas. “Que Deus conforte os corações dos familiares e amigos nesse momento tão difícil. Que as boas lembranças dos entes queridos perdidos tragam conforto e paz”, escreveu em uma rede social.
Banda B