A ação, feita pela Seção de Crimes Ambientais da instituição, utilizou um equipamento de mapeamento do solo (georadar) que permite encontrar irregularidades
A Polícia Científica do Paraná (PCP) identificou um cemitério clandestino com ossadas de cães no local onde houve a maior operação de resgate de animais da história. A ação, feita pela Seção de Crimes Ambientais da instituição, utilizou um equipamento de mapeamento do solo (georadar) que permite encontrar irregularidades.
A nova ação foi desencadeada porque havia suspeita de ossos enterrados na casa. A operação contou com o apoio da Prefeitura Municipal de Curitiba, que fez a identificação dos animais encontrados que tinham microchips e o recolhimento dos cadáveres. Algumas ossadas foram encaminhadas para exames complementares.
O equipamento utilizado na ação foi cedido pela empresa Leica Microsystems. “O georadar identifica uma anomalia, ou seja, qualquer material diferente do solo. Encontramos ossadas e alguns animais em estado de putrefação”, relatou a chefe da Seção de Crimes Ambientais da Polícia Científica do Paraná (PCP), perita Angela Andreassa.
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“Só pelos crânios, são 18 animais, mas havia vários ossos espalhados pelo terreno”, descreve Angela. Ela explica que, neste caso, há uma clara configurado de crime ambiental. “O cemitério gera contaminação no solo e no lençol freático”.
O crime ambiental está ligado às investigações da Polícia Civil do Paraná que resultaram a maior ação em relação a animais domésticos, no bairro São Lourenço, na capital paranaense.
“Essa integração entre as instituições é de suma importância para realização de um trabalho de excelência, conjugando a expertise policial com a técnica científica”, destacou o delegado Guilherme Dias, da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, da Polícia Civil do Paraná (PCPR). Segundo ele, os dados levantados pela perícia serão analisados no inquérito policial que está em andamento.
Crimes ambientais
A Seção de Crimes Ambientais da Polícia Científica do Paraná completou três anos em dezembro de 2022 e já realizou 455 exames periciais, sendo 75% dos atendimentos de crimes contra a flora, 10% contra a fauna e 15% de poluição.
“A identificação de vestígios de um crime ambiental, como um pedaço de madeira, uma amostra de água contaminada, um material de caça ou pesca, influenciam no esclarecimento dos fatos da forma mais correta possível”, acrescentou a perita.
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