
Na verdade se trata de uma Ema, ela foi vista desde a tarde de ontem (17), na região do Centro de Eventos, percorrendo várias ruas até chegar no Jardim América.
Ainda nesta manhã, a ave foi vista próximo do Ginásio de Esportes, subindo a Avenida Tupãssi, passando pela Avenida do Bosque e retornou pela rua Argentina, sendo que foi capturada pelos Bombeiros, no pátio de uma empresa.
Na sequência ela foi solta em uma região de mata, nas proximidades da Frimesa.
Veja a reportagem em vídeo abaixo:
Como diferenciar as aves?
Apesar da semelhança, espécies são parentes distantes e possuem altura, peso e até plumagem distintas.

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Pescoços cumpridos, pernas alongadas, bicos achatados e uma aparência ‘pré-histórica’: as emas e os avestruzes são parecidos. Mas, com um olhar atento, é possível diferenciar as duas aves.
Ambas são parentes distantes, classificados em ordens e famílias distintas. Só que junto com os casuares, emu e inhambus, compõem um grupo de aves conhecido como Paleognatas, uma classificação a parte de todas as outras aves que existem atualmente, os Neognatas.
Além de compartilharem o mesmo grupo, possuírem semelhanças na aparência e na alimentação (ambos são onívoros), tanto a ema quanto o avestruz são incapazes de voar, mas são exímios corredores. Enquanto os avestruzes podem atingir os 70 km/h, as emas não ficam muito atrás e correm a cerca de 60 km/h.
Uma curiosidade em comum entre as espécies é que tanto nas emas, quanto nos avestruzes, é o macho o responsável por chocar os ovos e cuidar dos filhotes.
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Entretanto, há muitas diferenças. “Fora a distribuição geográfica, existem diversas diferenças na morfologia desses dois grupos de aves. Os avestruzes são maiores, os machos (que são as maiores aves do mundo) ultrapassam facilmente os 2,5 metros, enquanto a ema atinge no máximo 1,7 metros”, explica o biólogo do Terra da Gente e especialista em aves Luciano Lima.
A ema-pequena (Rhea pennata) e a ema (Rhea americana) são as únicas espécies de emas existentes e as duas ocorrem somente na América do Sul. A ema-pequena vive no Peru, na Bolívia e principalmente na região da Patagônia chilena e argentina.
“Já a ema se distribui pela Bolívia, Paraguai, Uruguai, Argentina e historicamente podia ser encontrada por grande parte das paisagens mais abertas do Brasil, incluindo áreas do Pampa, Cerrado, Pantanal e até mesmo da Caatinga”, diz o biólogo.
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Por outro lado, as duas espécies de avestruz conhecidas, o avestruz-comum (Struthio camelus) e o avestruz-da-etiópia (Struthio molybdophanes), são restritas ao continente africano. O avestruz-comum é encontrado em grande parte da África, já o avestruz-da-etiópia transita pelo extremo leste, incluindo a Etiópia, a Somália e o Quênia.
Mas mesmo sem saber da localização e não ter um comparativo de tamanho é possível diferenciar as emas dos avestruzes. Isso porque, de acordo com Luciano, os avestruzes têm a maior parte da cabeça, o pescoço e as coxas desprovidos de penas, enquanto as emas possuem essas áreas emplumadas.
Além de se destacar por ser a maior ave do planeta, podendo atingir até três metros de altura e pesar cerca de 150 quilos, os avestruzes são animais gregários – vivem em bandos – e seus grupos podem chegar a até 50 indivíduos. Já as emas são consideradas como as maiores aves do Brasil, mas não ultrapassam os 35 quilos.
Um fato curioso sobre o avestruz é que o animal não enterra a cabeça quando se sente ameaçado, um mito bastante difundido principalmente por conta de desenhos animados. Na verdade, por ter um pescoço muito grande, a ave tem o hábito de abaixar a cabeça somente para se alimentar.
Radar Paranaense com informações de G1