
AL MAFRAQ (JORDANIA), 13/06/2025.- Misiles iraníes sobrevuelan la ciudad jordana de Al Mafraq en dirección a Israel. Las autoridades jordanas dijeron este viernes que han caído objetos interceptados en el aire en varias regiones del país, sin que se hayan reportado víctimas, en medio de la respuesta de Irán contra Israel. EFE/Hayat al Dbeas SÓLO USO EDITORIAL, PERMITIDO SU USO SÓLO EN RELACIÓN A LA INFORMACIÓN QUE APARECE EN EL PIE DE FOTO (CRÉDITO OBLIGATORIO)
O Irã lançou uma nova onda de mísseis contra Israel, em retaliação aos bombardeios israelenses que destruíram instalações nucleares e mataram integrantes da cúpula militar iraniana. Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), os sistemas antimísseis do país — incluindo o Domo de Ferro — foram acionados para interceptar os projéteis. Fortes explosões foram registradas em Tel Aviv, Jerusalém e outras regiões do país. Uma mulher morreu após ser atingida por um dos mísseis e mais de 60 pessoas ficaram feridas, de acordo com o jornal Times of Israel. Três hospitais relataram atendimento a pelo menos 40 feridos.
As sirenes de alerta soaram em diversas partes de Israel por volta das 21h11 (15h11 em Brasília) de sexta-feira. Minutos depois, a população foi instruída a buscar abrigo. Meia hora mais tarde, as autoridades liberaram a saída dos espaços protegidos, mas recomendaram que as pessoas se mantivessem próximas a eles. As forças de defesa israelenses afirmaram ter identificado ao menos duas grandes ondas de mísseis balísticos vindas de território iraniano.
Os projéteis partiram de diferentes pontos do Irã, como Teerã e Kermanshah, segundo a TV estatal iraniana. Antes do ataque com mísseis, o Irã já havia lançado uma salva de cerca de cem drones, que foram derrubados antes de atingir o território israelense. Em pronunciamento, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, afirmou que Israel “começou uma guerra” e que não haverá “ataque e fuga” sem consequências. O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, declarou que o Irã cruzou “linhas vermelhas” ao mirar centros populacionais civis e prometeu uma resposta pesada.


O Irã afirma ter atingido dezenas de alvos estratégicos, como bases aéreas e centros de produção de mísseis. A imprensa estatal divulgou que “imagens de satélite e inteligência de campo” confirmam o sucesso da operação, mas não há confirmação independente dessas informações. A ofensiva iraniana é uma resposta direta à operação israelense realizada na madrugada de sexta-feira (12), que destruiu instalações nucleares no Irã e matou pelo menos 78 pessoas, segundo fontes locais. Entre as vítimas estão comandantes da Guarda Revolucionária Iraniana. O governo de Israel disse que o objetivo da ação era impedir o desenvolvimento de uma bomba atômica pelo Irã.
Conflito em escala crescente
A escalada atual é resultado de meses de crescente tensão entre os dois países. Israel avalia que o regime iraniano passa por um momento de fragilidade, tanto por pressões internas — como crise econômica e instabilidade política — quanto pelo enfraquecimento de seus aliados na região. Nos últimos meses, milícias apoiadas por Teerã, como Hezbollah, Hamas e Jihad Islâmica, sofreram derrotas significativas em confrontos com as forças israelenses. Além disso, ataques anteriores atribuídos a Israel mataram lideranças importantes do Irã, como o general Mohammad Reza Zahedi, da Guarda Revolucionária, em Damasco.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, classificou a operação contra o Irã como uma das “maiores da história” e afirmou que ela teve como alvo principal a destruição do arsenal balístico e da infraestrutura nuclear iraniana. Ele também instou a população iraniana a se rebelar contra o regime teocrático.
Apesar da troca de ataques diretos e da retórica agressiva de ambos os lados, não há, até o momento, uma declaração formal de guerra entre Israel e Irã. Ainda assim, analistas consideram que o conflito entrou em uma nova fase, mais aberta e imprevisível, com risco de escalada regional. A embaixada brasileira no Irã pediu que cidadãos do Brasil atualizem seus dados cadastrais, em meio ao agravamento da crise. A expectativa é que novos confrontos ocorram nos próximos dias.
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