A mulher de 51 anos de idade, esposa de Dircer Nelson Borchardt, que foi violentamente assassinado na cama de sua residência, localizada na Rua Ines Tonin Citadin, no bairro Jardim Coopagro, foi presa pela Polícia Civil, na cidade de Marechal Cândido Rondon. Segundo informações obtidas pela reportagem, havia muitas contradições, principalmente no depoimento da mesma, o que levou a investigação apontar para ela. Nesta quinta-feira (19), o delegado chefe da 20ª SDP, deve falar sobre o caso que inclusive chocou os moradores nas proximidades de onde aconteceu o crime.
A prisão dela é temporária, mas pode ser tornada preventiva e prorrogado por mais 30 dias. Ainda no dia do fato, a mulher deu uma entrevista exclusiva contando como tudo aconteceu, em torno das 02h10, da madrugada do dia (07). A equipe da Polícia Militar foi acionada por vizinhos, o qual solicitavam apoio e chegando no local, a equipe visualizou uma mulher acorrentada numa cadeira em via pública, em visível estado de choque, porém, sem ferimentos aparentes.
A mulher, de 51 anos de idade, relatou que seu marido estava no interior da residência, mas que não sabia suas condições. Ao adentrar a residência que estava completamente escura, foi realizada a varredura nos cômodos, onde nenhum suspeito foi localizado, apenas no quarto do casal, sobre a cama, encontrava-se o marido da mulher, posteriormente identificado, de 40 anos
de idade, já em estado de óbito, com dois grandes ferimentos na face e na cabeça, envolto a uma enorme quantidade de sangue.
Ato contínuo foi solicitado o apoio da equipe do SAMU e da Polícia Civil, bem como providenciado o rompimento dos cadeados, soltando as correntes que amarravam a senhora, que ao ser indagada sobre os fatos, relatou a equipe que estava dormindo, juntamente com seu marido, quando acordou com batidas na porta e alguém chamando por seu marido.
Que a senhora levantou-se e ao abrir a porta, foi surpreendida por quatro indivíduos encapuzados, que colocaram uma fita em sua boca, um saco preto em sua cabeça e a acorrentaram em uma cadeira (objetos trazidos pelos próprios autores, exceto a cadeira). Onde foi possível visualizar apenas parte de um veículo de cor bordo em frente a residência.
Que em seguida teria ouvido, uma breve discussão entre os indivíduos e seu marido, que teria perguntado “O que vocês estão fazendo?” e tendo como resposta de um dos autores: “Você nunca mais vai …”, não sabendo explicar o final da frase. Em seguida escutou barulhos de batidas. Antes de deixar o local, os autores obrigaram a vítima a ingerir algo líquido de origem desconhecida, bem como ordenaram que esta somente poderia pedir socorro após 3 horas.
Passados aproximadamente 40 minutos, a senhora conseguiu pedir ajuda. Relatou ainda não ter conhecimento da motivação dos fatos. Aparentemente nada foi levado da residência, porém nenhum aparelho celular foi localizado. Haviam ainda veículos na garagem, sendo um automóvel e uma motocicleta com as chaves na ignição.
O caso segue investigado pela Polícia Civil de Toledo.
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