Um homem foi preso na madrugada desta segunda-feira, 01 de maio, com uma blusa e uma corrente que pertence ao jovem morto a pedradas na manhã deste domingo (30), no Jardim Universal, em Sarandi.
A família sentiu falta dos pertences de Kauan Edvaldo Santos da Silva, de 20 anos, ao fazer a liberação do corpo no Instituto Médico Legal de Maringá (IML).
De acordo com a mãe do rapaz, o assassino levou um par de tênis, um relógio, uma blusa e uma corrente de pescoço. Uma foto tirada horas antes do jovem ser covardemente assassinado, comprova que a vítima estava com os pertences antes do crime.
Enquanto o corpo de Kauan, estava sendo velado em um salão na Avenida Universal, o usuário de drogas, Luiz Eugênio de Castro, de 56 anos, passou na frente do velório, com a blusa e a corrente da vítima.
Um irmão de Kauan reconheceu a blusa e a corrente. Luiz Eugênio, foi detido por populares e a Polícia Militar acionada. O suspeito recebeu voz de prisão e foi levado para a Delegacia de Polícia Civil de Sarandi, onde foi autuado por receptação. Ele alega que achou na esquina onde o crime ocorreu por volta das 11h da manhã. Ele nega participação na morte.
A polícia não acredita na versão dele, já que as equipes estiveram na cena do crime até por volta das 10h, e os pertences não estavam lá. Na casa dele, que fica a cerca de 40 metros da cena do homicídio, os policiais apreenderam um relógio, que foi reconhecido pelos familiares como sendo de Kauan. Com a localização dos pertences, da vítima, a polícia a possibilidade de um latrocínio (roubo seguido de morte).
A morte do jovem, foi marcada por uma triste coincidência. Na hora que ele estava sendo morto em Sarandi, o pai biológico era intubado após sofrer um grave acidente em Maringá.
Relembre
Enquanto Kauan Edvaldo Santos da Silva era covardemente assassinado a pedradas na Avenida Universal, em Sarandi, o pai biológico dele identificado como Edson dos Santos Vidal, de 38 anos, era intubado na Avenida Mandacaru, em Maringá, após sofrer um grave acidente de trânsito.
As duas ocorrências foram registradas por volta das 06h46. De acordo com informações apuradas pelo site Plantão Maringá, Kauan tinha pouco contato com o pai biológico, inclusive ele não tem o nome do pai registrado e foi criado pelo padrasto.
Momentos antes do crime, Kauan estava em tabacaria em Sarandi – o pai também estava em uma tabacaria antes do acidente, porém em Maringá.
O acidente
O grave acidente de trânsito foi registrado na Avenida Mandacaru, defronte a Delegacia de Polícia Civil de Maringá, no início da manhã deste domingo (30), deixou seis pessoas feridas.
De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, as vítimas estavam em um Volkswagen Gol, quando a condutora identificada como Gisele dos Santos da Silva, de 36 anos, perdeu o controle da direção e bateu contra uma árvore no canteiro central da avenida.
Das seis vítimas, duas sofreram ferimentos graves. Um dos ocupantes identificado como Edson dos Santos Vidal, de 38 anos, foi intubado e encaminhado ao Hospital Bom Samaritano.
Emerson dos Santos Vidal, de 39 anos, Cleonice Ferreira Cardoso, de 52 anos, Victor Hugo dos Santos Vicente, de 18 anos e Everton Zampala, de 36 anos, sofreram ferimentos graves e moderados. Eles foram encaminhados para hospitais de Maringá e Sarandi.
O homicídio
Kauan Edvaldo Santos da Silva, de 20 anos, foi brutalmente assassinado a pedradas. O crime ocorreu por volta das 07h da manhã deste domingo (30), no cruzamento da Rua Cruzeiro do Sul com a Avenida Universal, no bairro Jardim Universal, em Sarandi.
De acordo com as primeiras informações, moradores do bairro encontraram o jovem caído todo ensanguentado e com ferimentos graves na cabeça. A equipe da Polícia Militar e socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), foram acionados.
Kauan sofreu uma parada cardiorrespiratória. As equipes ainda tentaram reanimar a vítima, porém os ferimentos foram incompatíveis com a vida. Ele sofreu várias pedradas na cabeça.
As pedras ficaram espalhadas na calçada, é possível observar que a vítima ainda tentou escapar do seu algoz, mas a pedra usada acertou a sua cabeça violentamente. Não se sabe quantas pessoas participaram do crime.
Os delegados de Sarandi, Doutor Adriano Garcia e William Araújo estiveram na cena do crime e descobriram que momentos antes de ser morta, a vítima estava em uma tabacaria na região central de Sarandi.