Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o vigilante executava a escolta de uma carga de explosivos e se desentendeu com a vítima
O agente de escolta armada preso pela morte do caminhoneiro Rosivaldo Pereira, de 47 anos, pode responder por homicídio qualificado. A informação foi divulgada pelo delegado Gustavo de Pinho Alves, que assumiu a investigação do caso e ouve testemunhas em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba. Para ele, os depoimentos levantados nesta quinta-feira (5) apontam para uma execução após briga de trânsito.
Em entrevista coletiva, o delegado disse que os depoimentos dão a entender que o atirador foi até a cabine para executar o caminhoneiro.
“Por uma briga de trânsito, ele tirou a vida de um caminhoneiro. Temos vídeos circulando nas redes sociais, que mostram esse vigilante discutindo com outras pessoas que estavam na beira da rodovia. Pelas imagens, percebe-se que ele é uma pessoa bastante fria, que não se abateu com o dano causado, no caso a morte deste caminhoneiro”, comentou.
A vítima foi morta na tarde desta quarta-feira (4), no quilômetro 32 da BR-116. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o vigilante executava a escolta de uma carga de explosivos e se desentendeu com ela. Os veículos se envolveram em um acidente de trânsito e, ao término da colisão, o vigilante atirou pelo menos duas vezes contra Rosivaldo, que morreu no local.
Legítima defesa
A defesa do vigilante afirma que o caso trata-se de uma legítima defesa. Na delegacia, o investigado disse que realizou os disparos por acreditar ser vítima de um assalto.
Para a Polícia Civil, porém, o caso está longe de poder ser tratado assim.
“A versão apresentada pelo condutor do carro da escolta armada, é que ele achou que estaria sendo vítima de um sequestro, um assalto na rodovia, já que estava fazendo a escolta de um caminhão que estava carregando explosivos. Mas, as circunstâncias apontam apenas para uma colisão”, concluiu o delegado de Campina Grande do Sul.
A Banda B tentou contato com a defesa do agente de escolta armada. O espaço segue aberto para manifestação.
Banda B