Ao todo, Guilherme da Costa Alves confessou quatro assassinatos
A Polícia Civil de Umuarama confirmou as identidades dos dois homens que foram encontrados mortos nesta sexta-feira (24). Eles foram vítimas de Guilherme da Costa Alves, 26 anos, que já havia assumido a autoria dos assassinatos de Renan Tortajada, 35 anos e Alexan Carlos de Goes, 44 anos, conhecida como Sabrina.
Uma das vítimas é Everton Josimar de Oliveira, 36 anos, desaparecido desde o dia 09/01/2023. O seu corpo foi encontrado no interior do Bosque Uirapuru, em Umuarama. Everton morava com o pai em uma residência localizada entre os bairros San Marino e Guarani, em Umuarama e sofria de transtorno bipolar.
A outra vítima é Fernandes Nunes de Araújo, 50 anos, desaparecido desde o dia 11/02/2023. O seu corpo foi encontrado em um área rural, próximo a Av. Portugal, município de Umuarama. Conhecido como Jubinha ou Coca, ele trabalhava como protético e faria 51 anos nesta quinta-feira (23). Fernandes residia em Umuarama, mas sua família era de Maringá.
As duas vítimas residiam no município de Umuarama e os desaparecimentos ocorreram e foram registrados também aqui na cidade.
Os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) e aguardam o reconhecimento por familiares, a fim de confirmar se as identidades são mesmo aquelas preliminarmente levantadas pela Polícia Civil. A confirmação das identidades também depende da conclusão dos trabalhos da Polícia Científica.
Os crimes foram praticados pelo mesmo homem que matou Renan dos Santos Tortajada e Alexan Carlos de Goes, no último dia 18/02/2023, em Umuarama.
As duas vítimas encontradas hoje tiveram suas motocicletas subtraídas pelo criminoso. Uma das motocicletas, Honda Twister, de propriedade de Fernandes Nunes de Araújo, foi recuperada pela Polícia Civil, em uma oficina localizada na Zona VII. A motocicleta da outra vítima ainda não foi encontrada.
O Delegado-Chefe da 7ª Subdivisão Policial, Gabriel Menezes, declarou que as investigações que culminaram na localização dos cadáveres estavam em andamento desde o desaparecimento das vítimas. Contudo, após a prisão em flagrante do homem que matou Renan e Alexan, novas informações chegaram ao conhecimento da Polícia Civil e se somaram àquelas que já haviam sido levantadas.
A reunião de todas esses dados apontou que o responsável também pelos desaparecimentos poderia ser o mesmo autor. “Diante disso, o preso foi novamente ouvido pela equipe policial e, diante das provas que lhe foram apresentadas, decidiu colaborar e confessou os crimes, levando os policiais até os locais onde os corpos foram encontrados”, informou o delegado.
Menezes acrescenta: “Na versão do criminoso, essas vítimas foram mortas porque ele acreditava que elas estavam lhe perseguindo, a serviço de outros criminosos que tentavam matá-lo por dívidas de droga. Segundo ele, mudando a versão do que tinha repassado anteriormente, esse também foi o motivo pelo qual matou o médico Renan e a vítima Alexan. Ou seja, acreditava que Renan e Alexan estavam seguindo seus passos a mando de outros criminosos que queriam sua morte. Alegou que não conhecia e também nunca teve qualquer relacionamento com o médico Renan e que mentiu quando contou a primeira versão”.
Outra mudança de versão foi quanto ao local de execução da vítima Alexan. Ele afirmou que Alexan não foi morto dentro do Bosque Uirapuru, mas somente o médico. Segundo a nova versão, após matar Renan, ele se encontrou com Alexan em outro ponto da cidade e depois o levou para o local onde executou o crime, que fica em uma área nos fundos do Bairro San Marino. A Polícia Civil esteve no local indicado e encontrou uma peruca loira que seria da vítima Alexan.
“Vale esclarecer que tanto a primeira versão como as novas versões estão sendo apuradas pela Polícia Civil, que aguarda o resultado de outras diligências ainda em curso e também o término dos trabalhos da Polícia Científica para avaliar qual seria a real motivação de todos esses crimes e a dinâmica dos fatos”, ressaltou Menezes.
O Delegado-chefe disse que é importante ressaltar que, pelo apurado até o momento, nenhuma dessas mortes possui ligação. Tratam-se de crimes autônomos, praticados em datas e locais distintos. “Por fim, esclareça-se que até o momento não há informações de outras mortes que tenham sido praticadas pelo mesmo autor”.
(Informações: OBemdito e Polícia Civil de Umuarama)