O Tribunal de Justiça do Paraná suspendeu a greve dos professores marcada para começar nesta segunda-feira. A desembargadora Dilmari Helena Kessler disse que o sindicato está impedido de fazer qualquer movimento grevista até que apresente um plano de manutenção das atividades educacionais, sob multa diária de 10 mil reais em caso de descumprimento.
A ação Cível pedindo a suspensão do movimento foi ajuizada pela Procuradoria do Estado do Paraná. Com a decisão, segue valendo a orientação da Secretaria de Educação do Paraná para que os pais levem os filhos normalmente para a escola nesta segunda-feira. Eventuais faltas de professores e funcionários vão ter desconto na folha de pagamento. Os diretores devem garantir o funcionamento das escolas e a entrada de estudantes, servidores e terceirizados.
O motivo alegado pela APP-Sindicato para o movimento grevista é o programa Parceiro da Escola. Inspirado em modelos educacionais internacionais adotados em países como Estados Unidos, Inglaterra, Espanha e Coreia do Sul, prevê uma parceria para permitir que os gestores se dediquem apenas às atividades pedagógicas.
O projeto de lei que está em análise na Assembleia Legislativa também propõe um modelo democrático com consulta de pais, estudantes, professores e diretores antes da efetivação.
O programa não atinge escolas indígenas, aquelas em comunidades quilombolas e em ilhas ou as cívico-militares. Atualmente, o modelo está sendo implementado em duas escolas-piloto da rede estadual de ensino, no Colégio Estadual Aníbal Khury, em Curitiba, e no Colégio Estadual Anita Canet, em São José dos Pinhais. Uma pesquisa realizada com pais e responsáveis de alunos matriculados nas duas escolas mostra que mais de 90% deles aprovam o programa.
(Repórter: Gustavo Vaz/ AEN)