Forças israelenses entraram no território palestino com tanques e infantaria como parte dos preparativos para a operação
O Exército de Israel vem se preparando para uma grande incursão terrestre na Faixa de Gaza, que será possivelmente um dos momentos mais críticos e mortais do conflito entre Israel e o Hamas. O Estado judeu e o grupo terrorista palestino estão em guerra desde o último dia 8 de outubro, um dia depois do ataque-surpresa da organização extremista no sul de Israel, que deixou 1.400 israelenses mortos. Outras 224 pessoas estão sendo mantidas reféns.
Nesta quinta-feira (26), as FDI (Forças de Defesa de Israel) anunciaram que entraram na Faixa de Gaza durante a noite com vários tanques e infantaria para fazer o que definiram como uma “operação direcionada” na região, uma ação preparatória para a grande incursão terrestre no território palestino. Durante o ataque noturno, os soldados localizaram e atacaram terroristas, infraestruturas terroristas e locais de lançamento de mísseis antitanque e prepararam o campo de batalha.
“O Exército realizou uma operação de tanques direcionada no norte da Faixa de Gaza, como parte dos preparativos para as próximas fases do combate”, afirmaram as Forças Armadas israelenses. “Os soldados deixaram a área no fim da atividade.”
A provável ofensiva preocupa a comunidade internacional, que teme um aumento dramático do número de vítimas civis na Faixa de Gaza, território de 2,4 milhões de habitantes. Segundo os últimos números divulgados pelo Ministério da Saúde palestino, 7.028 pessoas morreram na região em decorrência dos bombardeios. Do lado israelense, foram registradas 1.400 mortes, todas decorrentes do ataque-surpresa de 7 de outubro.
A Faixa de Gaza vive uma crise humanitária não só pelos bombardeios incessantes, mas também pelo cerco total decretado pelo governo de Israel, em 9 de outubro. Palestinos do enclave estão carentes de produtos básicos, como água, comida, medicamentos, energia elétrica e combustível.
Na quarta-feira (25), a agência da ONU (Organização das Nações Unidas) para os refugiados palestinos anunciou que pode ter de interromper suas atividades devido à falta de combustível na Faixa de Gaza. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), seis hospitais na Faixa de Gaza já tiveram que fechar as portas por causa dessa questão. Os poucos locais que continuam abertos precisam atender os pacientes de qualquer jeito, o que inclui até cirurgias sem anestesia.
A falta de combustível também deve pôr a vida de 120 bebês em incubadoras em risco. A eletricidade é uma grande preocupação nas sete unidades especializadas da Faixa de Gaza que tratam bebês prematuros. O equipamento os ajuda a respirar e fornece apoio crítico, por exemplo, quando os órgãos não estão totalmente desenvolvidos.
Fonte: R7