Moradores da região estão preocupados com a situação
Ao longo de 2023, o Jornal da Catve exibiu reportagens sobre vandalismo em capelas mortuárias e cemitérios da área urbana de Cascavel, mas agora o problema chegou à área rural, onde não há vigilância com câmeras ou patrulhamento permanente das forças de segurança. Além da depredação, os cemitérios do interior viraram cenários de rituais.
Isolado no meio do milharal está o cemitério do Distrito de Rio Diamante, localizado a mais de 30 quilômetros da área urbana de Cascavel e que abrange outras comunidades, como Rio 47, Jangada Taborda, Navegantes e Jangadinha.
Local que acolhe as memórias de quem fez muito pela comunidade e pela história do Município. Não é um cemitério grande, mas mesmo assim vem sendo utilizado como um templo de rituais, no mínimo, apavorantes.
Nossa equipe recebeu imagens feitas por moradores, o registro foi feito na última quinta-feira (28). Em um deles, é possível ver o cruzeiro do cemitério pichado com sangue, abaixo uma galinha morta e a cabeça arrancada.
Já no jazigo de uma criança a cena é impressionante: a cabeça da ave e o sangue foram espalhados sobre o túmulo e a galinha colocada sobre a cruz.
Assustados com tudo que viram, os moradores de Rio Diamante pediram socorro à direção da Acesc, que é a responsável pela administração dos cemitérios do município. Uma equipe foi ao local e o pior estava por vir, um crânio humano estava enterrado no fundo do cemitério, em ritual de magia negra.
O crânio teria sido retirado de um túmulo que foi violado. Junto ao ponto onde a cabeça foi enterrada, ficou um material envolvido com pano preto e com várias facas cravadas. Uma moradora preferiu falar sem mostrar o rosto e disse que o problema acontece desde outubro do ano passado. Segundo outra moradora, o fato chocou a comunidade.
Nelson reside em Rio Diamante há mais de 50 anos, quando nem cemitério havia na comunidade. Um dos filhos dele está sepultado no local e toda esta barbárie entristece o morador.
Em nota a Acesc orienta que as famílias que tiveram jazigos danificados ou violados, façam o boletim de ocorrência na polícia e que qualquer denúncia pode ser feita pelo 153 da Guarda Municipal ou até mesmo o 190 da Polícia Militar.
Sobre a comunidade de Rio Diamante, boa parte do trajeto que a equipe fez foi por asfalto. É o progresso chegando à quem produz, mas que também tira o sossego para quem busca a paz.
Catve