É um tema complicado de se debater, pois, para muitos chateaubriandenses, o foco é trabalhar, produzir e prosperar, mas, a minoria não é bem isso.
Na frente da Caixa Econômica Federal, por exemplo, a fila chega a dobrar a esquina, para ter acesso ao auxilio, enquanto na Agência de Empregos, poucas pessoas.
Agora questionamos algumas pessoas, o porquê preferir o auxílio, ao invés de trabalho.
Algumas responderam que Assis não tem oportunidades de emprego e que na agência do trabalhador é exigido muita coisa.
Questionamos a agência e a resposta foi rápida, a empresa que contrata, pede o mínimo comprovante de moradia fixa e disponibilidade para trabalhar e seguir as regras da empresa.
O que se ve muito são pessoas reclamando, mas, poucas trabalhando.
Conversamos com mestre de obras e pintores, a resposta também esta na ponta da língua, “ninguém quer trabalhar”.
“Eu vim do Rio Grande do Sul para trabalhar como mestre de obra, aqui ganho entre R$ 180,00 a R$ 200,00 a diária, enquanto no meu estado, varia entre R$ 80 a R$ 90, o servente aqui ganha em media R$ 100 a R$ 120 na diária e no meu estado em media de R$ 35 a R$ 40, o que acontece é que o povo não da valor no que tem e prefere algum tipo de auxilio”, relatou o pedreiro.
Para a área da pintura é do mesmo jeito, não acha pessoas para trabalhar.
“Sempre aparece um ou outro, trabalha, quando chega no final do dia do pagamento, no outro dia não vem mais, quando saio no outro dia para ir para casa, vejo a mesma pessoa sentada em um bar, ou até mesmo no canteiro central conversando com outras pessoas, é triste isso”, diz um pintor.
Conversamos também com algumas pessoas que recebem o auxilio, umas dizem que não conseguem trabalho, outras dizem que é muito difícil encontrar na cidade.
Em conversa em alguns comércios, empresários relatam que, quem tem vontade, levanta cedo e vai para a luta, tem aqueles que trabalham dois dias, uma semana, depois vai de atestado, inventam uma dor aqui, uma doença ali, só para receber e não trabalhar.
“Teve um caso engraçado, em um ano uma pessoa pegou mais de 40 atestado, dizendo que fazia um tratamento, mas investiguei a fundo e descobri que na verdade, a pessoa ficava dormindo em casa, enquanto o salario caia na sua conta, peguei um dia no flagra e não quis mais saber, depois descobri que em outros empregos, ela sempre dizia que a vó falecia, olha tenho empresa a mais de 35 anos em Assis, este é o pior ano de todos, em relação a encontrar pessoas para trabalhar”, relatou um empresário.
Agora a pergunta principal, será que realmente não tem oportunidades de emprego em Assis Chateaubriand ou falta realmente a tal da mão de obra? Para preservar as pessoas entrevistadas sem gravação e até para gerar algum tipo de intriga, não apuramos nomes, endereços e até mesmo tipos de
Obs. Esta reportagem não é tendenciosa, mas sim como observação de muitos moradores da cidade.
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