64 pessoas viajavam no avião civil que colidiu com um helicóptero do Exército, com três militares a bordo, na noite de quarta-feira (29) sobre o rio Potomac. O acidente é a pior catástrofe aérea dos Estados Unidos desde que um avião da American Airlines caiu logo após a decolagem do aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, em novembro de 2001. As duas caixas-pretas do avião de passageiros foram encontradas e serão analisadas pela Junta Nacional de Segurança no Transporte, responsável pela investigação, informaram fontes anônimas às emissoras CBS News e ABC News.
Mergulhadores tiraram corpos das águas geladas do rio Potomac, em Washington. Os destroços das duas aeronaves estão emergindo das águas e barcos de resgate e equipes de mergulhadores vasculham a área. Até a noite de quinta-feira, mais de 40 corpos haviam sido resgatados, segundo a imprensa americana.
A FAA informou que o avião era um Bombardier, operado por uma subsidiária da American Airlines. Segundo a companhia aérea, a aeronave voava de Wichita, no Kansas, rumo ao aeroporto Ronald Reagan, na capital americana. O helicóptero fazia um “voo de treinamento”, informou um porta-voz militar.
O secretário da Defesa, Pete Hewseth, explicou que o helicóptero Black Hawk tinha “uma tripulação bastante experiente, que estava fazendo uma avaliação noturna anual obrigatória”. “Usavam óculos de visão noturna”, acrescentou. Em um áudio do serviço do tráfego aéreo é possível ouvir os controladores perguntando reiteradamente à tripulação do helicóptero se tinha “à vista” o avião de passageiros e, momentos antes da colisão, dizendo que “passasse por trás” do avião.
“Acabo de ver uma bola de fogo e desapareceu”, disse um controlador para outro depois de a comunicação com o helicóptero ser interrompida. Com a temperatura das águas em torno dos 2 °C, as possibilidades de sobrevivência no rio eram muito escassas, segundo especialistas.
O casal de patinadores artísticos russos Evgenia Shishkova e Vadim Naumov, campeões mundiais em 1994, estavam a bordo do avião, junto com outras personalidades do mundo da patinação. Ari Schulman, uma testemunha que viu o acidente enquanto dirigia para sua casa, viu “um jato de faíscas” e algo parecido a fogos de artifício quando ocorreu a colisão.
“A princípio, vi o avião e parecia estar bem, normal. Estava prestes a aterrissar”, disse à CNN. “Então, três segundos depois, se inclinou completamente para a direita […] Pude ver sua parte inferior, estava iluminada por um amarelo muito brilhante e havia um jato de faíscas embaixo dele”, acrescentou.
*Com informações da AFP
Publicado por Victor Oliveira/Jovem Pan