Renan Farah, advogado de Antônio Buscariollo, de 62 anos, e Paulo Ricardo Buscariollo, de 22 anos, afirmou que pediu a revogação da prisão temporária de pai e filho, investigados pela morte de quatro homens em Icaraíma, no Noroeste do Paraná. Farah disse ainda que os dois podem auxiliar nas investigações.
“Hoje nós ingressamos com o pedido de revogação da prisão temporária do Paulo e do Antônio. Entendemos que, depois de mais de 30 dias, que era o prazo da prisão temporária, não é mais necessário que eles permaneçam presos para o andamento do inquérito. Além disso, eles tendo a possibilidade de voltar a Icaraíma, podem auxiliar nas investigações e ficar disponíveis para as elucidações que a Polícia Civil venha a necessitar”, disse Farah em vídeo enviado à Ric RECORD.
Após três meses da morte de Alencar Gonçalves de Souza, Robishley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalchi e Diego Henrique Afonso, as famílias das vítimas seguem sem respostas das autoridades de segurança e esperam por justiça.
Relembre o caso Icaraíma
Quatro homens estavam desaparecidos na cidade de Icaraíma, desde o dia 5 de agosto. Alencar Gonçalves de Souza, Robishley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalchi e Diego Henrique Afonso, não enviaram mais notícias após irem até uma chácara para cobrar uma dívida de R$ 250 mil.

Diego saiu de Olímpia, no interior do estado de São Paulo, junto aos amigos Rafael e Robishley, moradores de São José do Rio Preto (SP), para tentar receber cerca de R$ 250 mil referentes à negociação de uma propriedade rural.
O grupo viajou no dia 4 de agosto e chegou à cidade paranaense no fim da tarde. Lá, eles teriam se encontrado com Alencar. Os corpos dos quatro homens desaparecidos em Icaraíma, no noroeste do Paraná, foram encontrados na madrugada do dia 19 de setembro. As vítimas foram encontradas a aproximadamente 500 metros de onde foi localizada a caminhonete Fiat Toro, nas proximidades da Mata do Tenente.
As declarações de óbito de Rafael, Robishley e Diego apontam para as mesmas causas das mortes: traumatismo crânio encefálico, politraumatismo e disparo de arma de fogo. Ferimentos típicos em caso de tortura.
RICMAIS


