
Paraná deve registrar aumento nas temperaturas antes do verão. (Foto: José Fernando Ogura/Arquivo AEN)
A primavera começa na próxima segunda-feira (22) e no Paraná a terceira estação do ano deve ser marcada por fortes ondas de calor e temporais. Segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), os meses de setembro, outubro, novembro e dezembro terão um “aumento gradual na quantidade de eventos meteorológicos”.
Veja o vídeo da coletiva abaixo, falando sobre o assunto:
A primavera no Paraná terá dias mais longos em quentes, até pela proximidade do verão. Em 2026, devido a influência do fenômeno La Niña, haverão mudanças no fluxo das chuvas em todo o estado.
“Com a formação de um episódio de La Niña, a expectativa seria de redução das chuvas no Sul do Brasil, principalmente na transição entre a primavera e o verão. No entanto, as previsões de longo prazo indicam que o Atlântico Sul Subtropical permanecerá mais quente que o normal na primavera de 2025”, explica Leonardo Furlan, meteorologista do Simepar.

Furlan explica que devido a uma anomalia a Região Sul do Brasil terá maior disponibilidade de umidade, o que favorece a maior ocorrência de temporais.
“Essa anomalia positiva de TSM (Temperatura da Superfície do Mar) aumenta a disponibilidade de umidade e, pela modulação da circulação da Alta Subtropical do Atlântico Sul, pode favorecer maior transporte de vapor d’água para a faixa leste do Paraná. Dessa forma, a influência seca da La Niña pode ser parcialmente compensada, mantendo as chuvas mais próximas da climatologia nessa região”, finaliza.
Primavera no Paraná: veja expectativa de temperaturas e chuvas por região
- Litoral: Em outubro chuva entre 148 mm e 227 mm, e temperaturas mínimas e máximas médias de 17,6°C e 25,2°C; já em novembro, volumes de chuva entre 138 mm e 220 mm, e temperaturas entre 18,7°C e 26,7°C; por fim, em dezembro, o volume de chuva aumenta e vai para 206 mm a 295 mm. As temperaturas ficam entre 20,4°C e 29°C;
- Região Metropolitana de Curitiba: Em outubro, o volume de chuvas fica entre 100 mm e 190 mm, e as temperaturas entre 14,1°C e 24,7°C; já em novembro, volume de chuvas entre 86 mm e 132 mm, com temperaturas entre 15°C e 26°C; por fim, em dezembro, volumes de chuva entre 79 mm e 183 mm, e temperaturas entre 16,8°C e 27,7°C;
- Região Central: Em outubro, o volume de chuvas fica entre 131 mm e 226 mm, e as temperaturas entre 14,5°C e 26,1°C; já em novembro, a chuva fica entre 94 mm e 166 mm, e as temperaturas entre 15,4°C e 27,1°C; por fim, em dezembro, a chuva fica entre 115 mm e 209 mm, e as temperaturas entre 16,9°C e 28,1°C;
- Região Sul: Em outubro, o volume de chuvas é de 165 mm a 264 mm, e as temperaturas ficam entre 13,6°C e 24,8°C; já em novembro, a chuva fica entre 91 mm e 179 mm, e as temperaturas entre 14,6°C e 26,3°C; por fim, em dezembro, a chuva fica entre 120mm e 192 mm, e as temperaturas entre 16,1°C e 27,6°C;
- Região Sudoeste: Em outubro, o volume de chuvas fica entre 141 mm e 306 mm, e as temperaturas entre 15,8°C e 27,3°C; já em novembro, a chuva fica entre 86 mm e 172 mm, e as temperaturas entre 16,7°C e 28,7°C; por fim, em dezembro, o volume de chuvas fica entre 91 mm e 241 mm, e as temperaturas entre 18,3°C e 29,6°C;
- Região Oeste: Em outubro, o volume de chuvas fica entre 120 mm e 236 mm, com temperaturas entre 17,9°C e 30°C. Em novembro, a chuva fica entre 101 mm e 199 mm e as temperaturas entre 18,4°C e 30,5°C. Em dezembro, a chuva fica entre 90 mm e 196 mm e as temperaturas entre 19,9°C e 31,2°C;
- Região Norte: Em outubro ou volumes de chuva ficam entre 90 mm e 220 mm, com temperaturas entre 17,8°C e 29,7°C. Em novembro a chuva fica entre 100 mm 181 mm e as temperaturas entre 18,4°C e 30,1°C. Em dezembro a chuva fica entre 101 mm e 214 mm, e as temperaturas entre 19,8°C e 30,6°C.
“Dezembro será um mês mais seco, com períodos longos sem ocorrência de precipitação consistente, com um padrão de chuvas mais irregulares. Além disso, vale destacar que faz parte da climatologia da primavera a ocorrência de temporais severos (com chuva intensa, rajadas de vento fortes, incidência elevada de descargas atmosféricas e queda de granizo)”, finaliza Furlan.
Fonte: Ricmais com SIMEPAR