Mulher foi presa pela Guarda Municipal de Cascavel acusada de tentar jogar o filho do carro em movimento, na noite deste domingo (16).
As informações apuradas são de que o casal se envolveu em discussão e ela teria agredido o marido com mordidas.
Ela foi detida pela GM e encaminhada para a Delegacia Cidadã, onde presta depoimento sobre as acusações.
O Delegado Emanuel Fernandes Monteiro de Almeida, responsável pela investigação do caso em que uma mãe ameaçou jogar o próprio filho de quatro anos pela janela de um carro em movimento no bairro Pacaembu, na noite de domingo, anunciou que a mulher será indiciada por tentativa de homicídio e submissão de criança e adolescente a vexame e constrangimento, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). “Trata-se de uma situação trazida pela Guarda Municipal. Fomos acionados para uma residência, onde o relato de crianças e de uma senhora apontou que a conduzida se envolveu numa discussão acalorada com seu marido dentro do veículo.”
Segundo o delegado, os detalhes do incidente foram chocantes. “No banco da frente, estava a sogra da autuada dirigindo, e no banco do passageiro, o marido da mulher, que solicitou o atendimento policial. No banco de trás, estavam a autuada e mais duas crianças, sendo um filho de quatro anos e uma enteada de 11 anos.” Durante a briga, a mulher avançou sobre o marido, agrediu fisicamente a sogra que dirigia, e em um ato de descontrole, abriu a porta do carro em movimento e tentou arremessar o filho de quatro anos para fora.
A investigação revelou ainda mais sobre o comportamento da mãe. “A criança de 11 anos, que tem transtorno do espectro autista, revelou espontaneamente em vídeo que a família passou o dia inteiro consumindo álcool. Ela descreveu a mãe como muito agressiva, com histórico de tráfico de drogas. A menina de 11 anos impediu que a mãe arremessasse o irmão de quatro anos para fora do veículo. A mãe foi autuada por tentativa de homicídio, vias de fato contra a sogra, e ameaça, além de submissão de criança e adolescente a vexame ou constrangimento, conforme o artigo 232 do ECA.”
O caso segue em investigação pela delegacia, que avaliará a situação com mais profundidade. “As investigações vão prosseguir a cargo do Nucri ou aqui da própria subdivisão. É uma situação realmente muito grave, pela violência com que a mãe tratou os próprios filhos,” concluiu o Delegado Emanuel.
Catve