O Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de Assis Chateaubriand iniciou, em fevereiro de 2024, mais um grupo reflexivo do Programa Reconstruindo Vivências, voltado para autores de violência doméstica e familiar. Em parceria com o Poder Judiciário, o CRAS vem implementando esse programa desde 2021, com o objetivo de promover a reflexão e a conscientização desse público.
Os Grupos Reflexivos representam um espaço de diálogo essencial para que os homens possam refletir e repensar suas atitudes em relação às relações de gênero e suas vivências cotidianas. A metodologia busca produzir novos sentidos e significados sobre a construção da masculinidade e da reprodução da violência, visando à responsabilização dos autores, à prevenção de novos episódios e à desnaturalização da relação entre masculinidades e violência.
As técnicas responsáveis pelo trabalho (Assistente Social e psicóloga) ressaltam que os resultados alcançados incluem a responsabilização dos homens autores da violência, a prevenção de novos episódios da mesma natureza e a desnaturalização da vinculação existente entre masculinidades e violência. Além disso, o espaço de reflexão privilegia conteúdos, dinâmicas e outros elementos que facilitam a troca, o contato e a elaboração coletiva, visando à conscientização sobre a não violência doméstica e familiar.
É importante ressaltar que esses grupos complementam as ações voltadas às mulheres vítimas de violência, conforme estabelecido pela Lei Maria da Penha, visando à ruptura com a naturalização da violência e abrindo espaço para reflexões sobre desigualdade de gênero e violências.
Para o prefeito Valter Aparecido Souza Correia, Valtinho, o Programa Reconstruindo Vivências representa um avanço significativo no enfrentamento à violência doméstica e familiar, promovendo a conscientização, a responsabilização e a transformação das atitudes dos autores de violência. Através do diálogo e da reflexão, busca-se construir uma sociedade mais justa e igualitária, onde a violência não tenha lugar.
A Secretária de Assistência Social, Susana Borella, destaca a relevância desse programa, pois permite que os autores de violência possam ressignificar suas vivências e compreender que o diálogo é a melhor forma de solucionar os problemas.