O passeio de um grupo de 16 pessoas terminou em momentos de tensão no Litoral do Paraná neste domingo (18). Depois de visitarem a cacheira Salto dos Macacos, em Morretes, os turistas não conseguiram retornar pela trilha devido ao inesperado aumento do nível do Rio Nhundiaquara, causado pelas fortes chuvas que assolaram a região durante a tarde. O retorno só foi possível graças à ajuda de uma equipe composta por quatro bombeiros militares e um guarda-vidas civil, que contou também com o suporte de integrantes do Corpo de Socorro de Montanha (Cosmo). A operação durou cerca de três horas e meia, das 17h às 20h30. A travessia do rio foi realizada por meio de uma tirolesa, e foi dificultada pela falta de iluminação natural. Ninguém se feriu.
“Soubemos pelo Instituto Água e Terra, por volta das 15 horas, que um grupo de pessoas havia pego a trilha do Salto dos Macacos e não havia regressado. Como o nível do rio subiu muito já ficamos alertas para a possibilidade de terem ficado ilhados. Só que não sabíamos exatamente onde eles estavam, até que recebemos o pedido de socorro por meio de moradores”, explicou a tenente Hannah Yuri Andrade Karigyo, que participou da missão. “Encontramos eles no local onde é feito o bóia-cross, mas não tinha como fazer a travessia ali. Precisamos achar um local mais fundo, que nos permitisse atravessar a nado. Só aí que iniciamos a passagem do cabo para a instalação da tirolesa”, complementou. As 16 pessoas foram retiradas uma a uma.
Quem também esteve no local durante a operação foi o primeiro sargento Cristiano Luís Meduna, que explicou os principais desafios desse tipo de atividade de socorro. “Uma das maiores dificuldades que a gente tem ali é a passagem do primeiro cabo para a gente poder efetuar a transposição de materiais e das vítimas na sequência. E também uma eventual continuidade das chuvas, que pode continuar elevando o nível do rio, trazendo mais velocidade de correnteza e prejudicando o resgate das vítimas”, comentou.
Taroba News