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PF mira senador Weverton Rocha e prende secretário da Previdência em operação contra fraudes no INSS

Polícia Federal (PF), em ação conjunta com a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou na manhã desta quinta-feira (18) uma nova fase da Operação Sem Desconto. A ação visa desarticular uma organização criminosa responsável por fraudes bilionárias envolvendo descontos indevidos em folhas de pagamento de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Entre os alvos de destaque da operação está o senador Weverton Rocha (PDT-MA), que foi objeto de mandados de busca e apreensão. Segundo apuração da TV Globo, um assessor do parlamentar também está entre os investigados. A operação atingiu ainda o alto escalão do governo: Adroaldo Portal, secretário-executivo do Ministério da Previdência Social e considerado o “número 2” da pasta, foi afastado do cargo e teve a prisão domiciliar decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Entenda o esquema

As investigações, iniciadas em abril, apontam para a existência de uma “indústria de descontos ilegais” operada por associações que, sem autorização dos beneficiários, realizavam abatimentos mensais em aposentadorias e pensões. Estima-se que, entre 2019 e 2024, o esquema tenha movimentado cerca de R$ 6,3 bilhões em desvios.

Além das autoridades políticas, a PF prendeu Romeu Carvalho Antunes. Ele é filho de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, empresário apontado como operador central do esquema e que já se encontra preso desde setembro. A prisão de Romeu reforça a tese dos investigadores sobre a continuidade das operações ilícitas através de familiares e laranjas.

Mandados

A operação desta quinta-feira cumpre um total de 52 mandados de busca e apreensão e 16 mandados de prisão preventiva, além de impor diversas medidas cautelares. As diligências ocorrem no Distrito Federal e em seis estados: São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais e Maranhão.

A decisão que autorizou a operação partiu do STF, dado o envolvimento de autoridade com foro privilegiado. A PF e a CGU buscam agora aprofundar o rastreamento do fluxo financeiro da quadrilha para recuperar os ativos desviados dos segurados da previdência.

Por: Jovem Pan

Redação Policial Web

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