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Mãe de Juliane alerta para golpes usando nome da filha

A mãe de Juliane Suellem Vieira dos Reis, vítima do incêndio no 13º andar do Edifício João Batista Cunha, fez a primeira aparição pública desde o ocorrido para alertar sobre golpes que estão sendo aplicados em nome da filha nas redes sociais.

Segundo a família, criminosos estão pedindo dinheiro por meio de supostas “vaquinhas” virtuais. Juliane está internada há cerca de 60 dias no Centro de Tratamento de Queimados do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

O incêndio aconteceu na manhã do dia 15 de outubro, no prédio localizado na rua Riachuelo, esquina com a rua Antonina, no Centro de Cascavel. O caso teve repercussão nacional após Juliane salvar a mãe, Sueli, e o primo de quatro anos, Pietro José Dalmagro.

Para ajudar os familiares, a advogada se apoiou em uma caixa de ar-condicionado, arriscando a própria vida, e auxiliou a entrada deles pela janela do apartamento do 12º andar.

Na noite desta terça-feira, o Hospital Universitário da UEL divulgou um vídeo com a mãe, Sueli Vieira dos Reis, que reforça o alerta sobre a tentativa de golpe.

“Olá, gente. Meu nome é Sueli, sou mãe da Juliane. Gostaria de informar que qualquer ‘vaquinha’ ou pedido de valor que esteja circulando nas redes sociais é golpe. Nossa família não está pedindo absolutamente nada, porque o HU é 100% SUS e o atendimento é totalmente gratuito. Então, é tudo golpe”, afirmou.

Essa é a primeira aparição de Sueli após o incêndio. Ela foi internada no São Lucas Hospital Center em Cascavel no dia 15 de outubro e recebeu alta no dia 26 do mesmo mês, seguindo com os tratamentos em casa.

Além do vídeo, o HU de Londrina emitiu nota informando que os criminosos estão usando o nome de Juliane para criar ‘vaquinhas’ online e campanhas de arrecadação. O hospital ressalta que não está realizando campanha e que o tratamento é totalmente gratuito.

“O Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina (HU-UEL) alerta a população sobre a circulação de golpes que utilizam indevidamente o nome da paciente Juliane S. V. R., 28 anos, atualmente internada na instituição.

Juliane ficou gravemente ferida ao salvar a mãe e o primo, de 4 anos, durante um incêndio ocorrido em um prédio no centro de Cascavel, no oeste do Paraná. O caso teve grande repercussão pública, o que vem sendo explorado por golpistas.

Criminosos estão se passando por familiares da paciente para criar vaquinhas on-line e campanhas de arrecadação, além de divulgar histórias falsas que não condizem com a realidade, com o objetivo de solicitar dinheiro à população.

O HU-UEL esclarece de forma categórica que a família de Juliane NÃO está realizando nenhuma campanha de arrecadação. Todas as vaquinhas e pedidos de doação em nome da paciente são golpes.

A paciente está internada há 60 dias no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do HU-UEL. O hospital reforça que é uma instituição 100% SUS, onde todo o tratamento é integral, gratuito e compreende toda a assistência necessária, não havendo qualquer custo para a paciente ou familiares.

Orientações à população:

• Não realize doações, transferências ou pagamentos relacionados a campanhas em nome da paciente;

• Não compartilhe links, mensagens ou publicações com pedidos de arrecadação;”

VÍTIMAS DO INCÊNDIO

Cinco vítimas ficaram feridas devido ao incêndio no apartamento no dia 15 de outubro.

O caso mais grave foi de Juliane Suellem Vieira dos Reis, que teve 63% do corpo queimado. Ela recebeu os primeiros atendimentos no Hospital Universitário de Cascavel e foi transferida de avião para o Centro de Tratamento de Queimados do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina no dia 17 de Outubro.

Ela é a única vítima internada desde o dia do incidente e apresentou melhoras no quadro de saúde.

A mãe dela, Sueli Vieira dos Reis de 51 anos, passou por tratamento médico no São Lucas Hospital Center. Ela ficou internada por uma semana na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), no dia 22 de outubro foi para a enfermaria. Já no dia 26 de outubro ela recebeu alta hospitalar.

O primo Pietro José Dalmagro de 4 anos foi levado ao Hospital Universitário Evangélico Mackenzie em Curitiba. Após 15 dias ele recebeu alta. Durante o período de internação, Pietro passou por procedimento cirúrgico. Ele teve queimaduras de terceiro grau no rosto e lesões nas vias aéreas.

O Sargento Edemar Migliorini, do Corpo de Bombeiros, também ficou ferido no incêndio e recebeu alta hospitalar no dia 18 de outubro. O militar teve queimaduras de segundo e terceiro graus, principalmente em braços, mãos e lombar.

O outro bombeiro ferido, cabo Leandro Batista, já recebeu alta hospitalar.

(Sargento Edemar Migliorini com o uniforme danificado pelas chamas)

POLÍCIA CIVIL DIVULGA LAUDO SOBRE CAUSA DO INCÊNDIO

O delegado Ian Leão da Polícia Civil do Paraná falou nesta manhã de terça-feira (25) sobre o resultados do laudo pericial sobre o incêndio que destruiu apartamento no 13º andar do Edifício João Batista Cunha, na Rua Riachuelo, no centro de Cascavel.

O laudo indicou que o incêndio não foi intencional e que iniciou na cozinha, em parte que estava mais próxima da geladeira e de um armário. No entanto não foi possível identificar a causa exata das chamas.

“A conclusão do perito […] a probabilidade de ter sido iniciado o incêndio na cozinha, na parte anterior, que estava mais próxima da geladeira e de um armário. Não foram encontrados elementos elétricos que possibilitassem a realização da constatação ou não da ocorrência de curto-circuito. E também não foram encontrados focos múltiplos de incêndio e uso de agentes acelerantes, o que afasta um incêndio doloso”

A partir dessa análise, apesar de existir o incêndio não foi possível identificar o local e também as causas dele.

“A gente sabe que teve o incêndio, mas a origem e o motivo, ou item que teria iniciado essa ignição não foi possível determinar”

Segundo o delegado, explica que foi instaurado um inquérito policial para apurar a situação e que foi constatado que não houve crime e que o incêndio foi acidental.

“As pessoas envolvidas em razão da necessidade de evitar a revitimização, elas não serão ouvidas em sede policial, porque com a prova técnica, prova robusta feita por um perito da polícia cientifica, não há necessidade da Polícia Civil continuar com a investigação, sendo que uma prova testemunhal, ou em outro contexto não teria o condão de fragilizar esse laudo pericial”

Ao ser questionado sobre o que teria provocado o incêndio, o delegado explica que o laudo pericial destacaria essa informação.

“O laudo está concluído, só não se pode chegar a essa conclusão qual foi o local que começou ou se teve ou não ocorrência de curto-circuito.”

Catve

Redação Policial Web

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