
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu um padrasto que é suspeito de abusar da enteada, engravidar a vítima e obrigar a jovem a se casar com ele. O homem tem 51 anos e os abusos teriam ocorrido por 8 anos. Os crimes aconteceram nos municípios de Rio Negrinho/SC e Araucária/PR, onde o suspeito foi preso na última terça-feira (16).
Segundo o delegado Eduardo Kruger, o autor começou a abusar da vítima quando ela tinha 7 anos e a família morava em Santa Catarina. Quatro anos depois, todos se mudaram para Araucária, mas a rotina de abusos não terminou.
“Quando a vítima completou 14 anos, o padrasto obrigou ela a se relacionar com outros homens. Ele filmava esses abusos sexuais e, caso os abusadores não obtivessem prazer com as relações, a jovem ainda era agredida por ele”, explicou o delegado.
Devido aos constantes abusos sexuais, a enteada engravidou do padrasto quando tinha 15 anos. O homem então se divorciou da mulher, que era mãe da adolescente. E obrigou a enteada a se casar com ele, quando completasse 16 anos.

Eles continuaram a morar em Araucária e junto do abusador, a vítima teve mais dois filhos. Mesmo com as crianças, as rotinas de abusos sexuais com o então marido e outros homens continuou. Atualmente a vítima tem 29 anos.
De acordo com a investigação, o padrasto utilizava câmeras para monitorar o dia a dia da mulher na residência. Além disso, monitorava o celular dela.
“O homem chegou a proibir que a vítima tomasse anticoncepcionais, porque queria que ela engravidasse de outro homem e tivesse uma menina. Não temos prova, mas suspeitamos que ele queria criar essa criança e continuar as práticas de abuso sexual nela”, prosseguiu o delegado.
A vítima relatou em depoimento à Polícia Civil que não tem provas que o marido tenha abusado de algum dos filhos do casal. Embora tenha apontado que em uma ocasião, o homem tenha “passado a mão” em uma das crianças e dito que ela estava “muito parecida com a mãe”.
O Bemdito