
Cascavel – Ao todo, o número de vítimas de supostos abusos sexuais cometidos pelo padre, Genivaldo Oliveira dos Santos, e o arcebispo, Dom Mauro Aparecido dos Santos, aumentou para 13 pessoas. A informação foi divulgada pela Polícia Civil do Paraná de Cascavel, no Oeste do Paraná, nesta sexta-feira (29).
13 vítimas foram ouvidas por supostos abusos cometidos por padre e arcebispo
O Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (NUCRIA) informou que, nos dias 28 e 29 de agosto de 2025, foram ouvidas 13 pessoas na investigação que apura os abusos que teriam sido cometidos pelo padre e arcebispo.
Além dele, segundo o NUCRIA, “duas dessas pessoas foram identificadas como vítimas de assédio sexual praticado pelo falecido bispo Dom Mauro, enquanto as demais prestaram depoimento como testemunhas que convivem ou conviveram com o padre”.
Na próxima semana, serão ouvidas mais sete pessoas. Entre elas estão “duas vítimas do sacerdote investigado – uma já conhecida, mas ainda não ouvida, e outra identificada durante as diligências dos últimos dois dias – além de cinco testemunhas”.
Com os novos depoimentos, o número de vítimas confirmadas de Dom Mauro passou de uma para três. Já em relação ao padre investigado, o total de vítimas reconhecidas subiu de sete para oito.
O NUCRIA também destacou que “a vítima de estupro de vulnerável ocorrido em 2008, quando tinha 3 anos, não está contabilizada entre as vítimas de Dom Mauro, já que ainda não há elementos que permitam confirmar essa ligação”.
As investigações continuam sob sigilo, com proteção garantida às vítimas e testemunhas.
Saiba quem é o padre preso suspeito de abusos
O padre que foi preso em Cascavel suspeito de abusar sexualmente de jovens e adolescentes foi identificado como Genivaldo Oliveira dos Santos, de 41 anos. Ele foi detido durante a operação “Lobo em Pele de Cordeiro” no último domingo (24).
Ao todo, o católico trabalhou como sacerdote há 12 anos em diversas cidades do Oeste do Paraná. Durante esse tempo, Genivaldo teria abusado de ao menos oito vítimas, todos adolescentes de famílias carentes e que participavam de projetos da Igreja.
Segundo a investigação, o padre que foi preso em Cascavel era conhecido por ter um “padrão de comportamento predatório” desde a época em que ainda estava no seminário. Em 2010, ele teria tentado violentar outro seminarista.
A PCPR também identificou irregularidades na gestão financeira na paróquia onde o religioso atuou até 2024. Além disso, também foi descoberto que Genivaldo oferecia “terapias” em um consultório próprio, ato considerado exercício ilegal de medicina.
A investigação da PCPR também apontou que o antigo arcebispo de Cascavel, Dom Mauro Aparecido dos Santos, acobertou os abusos sexuais cometidos pelo padre. De acordo com a delegada Thais Zanatta, Mauro teria protegido Genivaldo até sua morte, em 2021.
“Ele acabou passando pano para esses abusos cometidos por esse seminarista. Eles tinham um vínculo bem próximo e há relatos que esse arcebispo cometia assédios contra outros seminaristas, inclusive dentro da cúria”, explicou a delegada.
Genivaldo Oliveira dos Santos também é suspeito de ser proprietário de um carro envolvido em um atropelamento com morte. O motorista que conduzia o veículo ainda não foi identificado.
Conforme informações apuradas pela RICtv Oeste, o acidente aconteceu em 12 de outubro de 2019, na Rua Panamá, próximo à Rua Florêncio Galafassi, no bairro Periolo, em Cascavel. Luis Edimar, de 30 anos, sofreu traumatismo cranioencefálico grave após ser atingido pelo carro. Equipes do Siate foram acionadas, mas apenas constataram a morte.
Na saída da delegacia, a mãe da vítima, Neusa falou rapidamente com a imprensa. Segundo ela, seis anos após o caso, as investigações sobre o atropelamento com morte foram iniciadas.
“Meu filho morreu igual a um cachorro. Até hoje ninguém fez nada, agora que o delegado vai começar a investigar”, disse Neusa.
O motorista realizou o teste do bafômetro, com resultado negativo. Desde então, a família afirma não ter recebido respostas sobre as circunstâncias do atropelamento.
O veículo foi encontrado posteriormente na residência do padre Genivaldo Oliveira dos Santos. Novas testemunhas foram chamadas a depor, incluindo pessoas que teriam presenciado o atropelamento, policiais que participaram do atendimento e o vereador Sidney Mazutti, que segundo a família da vítima, teria sido flagrado no local do acidente para ajudar o amigo Genivaldo. O advogado nega a informação.
“De forma espontânea, ele deu suas versões dos fatos. Essa versão de que o senhor Mazutti teria ido até o local do acidente, de alguma forma, feito algum ato, evitando a investigação, não procede. […] No dia do acidente, quem praticou o acidente foi devidamente identificado e foi preso. A autoridade policial esteve no local, houve isolamento no local para averiguar a situação que ocorreu o acidente, foi identificado o proprietário do carro, o condutor do veículo e adotada as medidas naquele momento”, disse o advogado do vereador.
Ainda, conforme o advogado, o padre tinha amizade com Mazutti.
“Ele frequentava, era confidente do padre, confessava e participava das missas. Não só com esse padre, mas com os antecessores dele. Então, ele estava semanalmente participando das atividades da igreja local”, complementou.
Ricmais
Na noite de quinta-feira (11), no Centro de Convivência dos Idosos (CCI), aconteceu o encerramento…
Na noite da última quinta-feira (11), no Centro de Eventos Ângelo Micheletto foi realizado o…
A 14ª Conferência Nacional de Assistência Social foi realizada entre os dias 06 e 09…
A foto mostra centenas de registro de raios em nossa região, próximo das 15h00 de…
A Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) está reforçando as ações de controle e prevenção dos…
Acumulados de chuva acima de 20 mm até as 12h desta sexta-feira (12):Bandeirantes (IAPAR): 52,3…
This website uses cookies.