Carro de padre acusado de abuso pode estar envolvido em acidente que matou homem em Cascavel

A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar e tentar entender como ocorreu um acidente há seis anos em Cascavel.

Após as denúncias de abuso sexual, novas situações envolvendo o padre da cidade vieram à tona. Desta vez, trata-se de um acidente com morte, supostamente envolvendo o carro do religioso.

O atropelamento aconteceu na noite de 12 de outubro de 2019, na Rua Panamá, nas proximidades da Rua Florêncio Galafassi, no bairro Periolo, em Cascavel.

Luiz Edimar Lima dos Santos, de 30 anos, foi atingido por um Peugeot 307 e sofreu traumatismo cranioencefálico grave. Socorristas e médico do Siate foram acionados, mas apenas constataram a morte.

O motorista realizou o teste do bafômetro, que teve resultado negativo.

A família da vítima segue há anos sem respostas sobre o acidente. A avó de Luiz, Irma Machado Faustino, relembra a dor daquele dia e cobra que a investigação traga esclarecimentos.

“Quando eu cheguei em casa, já recebi a notícia que ele tinha sido acidentado. Para a gente é triste, né? Nunca tinha acontecido e espera que nunca precise acontecer mais”, contou a mulher.

Ela também relatou que, logo após o atropelamento, o carro foi retirado do local antes mesmo da chegada da polícia. Afirma ainda que a família não recebeu apoio da Igreja, e que apenas os parentes se mobilizaram para custear o velório.

A Polícia Civil afirma que novas testemunhas estão sendo chamadas para depor, incluindo pessoas que teriam presenciado o atropelamento e policiais que atenderam a ocorrência.

Segundo o delegado Pedro Luiz Fontana Ribeiro, nenhuma linha de investigação será descartada. Há também a apuração sobre uma possível tentativa de encobrir o caso.

O padre foi preso no último domingo (24). Ele estava na casa da mãe no momento da chegada dos policiais.

No local foram encontrados jogos eletrônicos e brinquedos, além de celular e computador, que foram apreendidos. Até o momento, seis vítimas já foram identificadas. O religioso permanece à disposição da Justiça enquanto as investigações continuam.

Catve