Acusado injustamente por abandono de cachorro, homem tira a própria vida após repercussão de fake news

Uma tragédia abateu a cidade de Camboriú nesta sexta-feira (27), após a morte de um homem identificado como L. G., morador do bairro Rio do Meio, que tirou a própria vida após ser injustamente acusado de abandono de animais. O caso teve início em postagens irresponsáveis nas redes sociais, evidenciando o perigo da disseminação de informações não verificadas.

O episódio começou no último final de semana, quando um vídeo passou a circular na internet, mostrando um cachorro correndo atrás de um carro vermelho, conduzido pelo homem. A filmagem rapidamente gerou acusações falsas de que o motorista estaria abandonando o animal, o que provocou grande revolta em grupos de WhatsApp, Facebook e Instagram.

Algumas páginas compartilharam o vídeo, contribuindo para o aumento do alcance das falsas acusações. Utilizando a placa do veículo, internautas identificaram o proprietário e expuseram publicamente os dados do homem.

No entanto, a verdade dos fatos não foi apurada antes da disseminação das informações. O motorista jamais abandonou o cachorro. O animal pertence, na realidade, a outro morador da região e tinha o hábito de correr atrás do carro de Leonardo sempre que ele saía de casa, retornando posteriormente à residência.

A pressão psicológica causada pela onda de críticas infundadas nas redes sociais culminou no desfecho trágico. O homem não suportou o peso das acusações e dos julgamentos virtuais, tirando a própria vida em sua residência no início da tarde desta sexta-feira. O corpo foi recolhido pelo Instituto Médico Legal (IML) por volta das 16h30.

A repercussão nas redes sociais foi imediata. Diversos moradores expressaram indignação diante da irresponsabilidade de quem contribuiu para a propagação da mentira. O caso serve como alerta sobre a necessidade urgente de responsabilidade e checagem criteriosa antes da divulgação de conteúdos, especialmente aqueles capazes de impactar profundamente a vida das pessoas.

Fonte: Jornal Razão