
O furto da jiboia Medusa em Cascavel (PR) fomenta o mercado paralelo do tráfico de animais exóticos, impulsionado pelas redes sociais. Segundo o delegado da Polícia Civil Guilherme Dias, estimativas apontam que mais de 30 bilhões de espécies são comercializadas ilegalmente todos os anos no Brasil.
O crime praticado no oeste paranaense está inserido em uma cadeia de comércio ilegal com ramificações globais. Cascavel fica a 138 quilômetros de Foz do Iguaçu, na tríplice fronteira, região conhecida como ponto estratégico para o crime organizado na América Latina.
De acordo com o delegado, as redes sociais funcionam como uma vitrine que estimula o desejo de posse entre usuários. Após a compra, os animais são domesticados e forçados a interagir com humanos, mesmo sem adaptação natural a esse tipo de convívio.

O furto da jiboia

O furto ocorreu na madrugada desta terça-feira (24), no Recanto Piquiri, onde a jiboia vivia há cerca de cinco anos. Segundo o proprietário Luiz Henrique Lara Britez, o criminoso entrou por uma janela, quebrou o vidro do terrário e levou a cobra, além de ferramentas e utensílios.
Ele acredita que o autor já conhecia o local e o animal.
A família assumiu a gestão do recanto há cerca de quatro meses e estava cuidando do espaço. Medusa era registrada, criada legalmente e considerada dócil.
Participou de várias ações educativas no Lago Municipal de Cascavel e era conhecida por moradores da cidade. “É um animal por quem temos um carinho especial”, afirmou Luiz Henrique.
A Polícia Militar foi chamada e o furto registrado. Informações sobre o paradeiro da jiboia ou do autor do crime podem ser repassadas pelos números 190 (PM), 153 (Guarda Municipal), 197 ou 181 (Polícia Civil).
Catve