Humorista Marcelo Alves premeditou a morte de Raíssa Suellen, em Curitiba

A Polícia Civil do Paraná confirmou que a morte de Raíssa Suellen Ferreira da Silva, de 23 anos, será investigada como feminicídio. O corpo da jovem foi encontrado em Curitiba. Segundo as autoridades, o principal suspeito — amigo da vítima — teria atraído Raíssa com uma falsa proposta de emprego.

A delegada Aline Manzatto falou novamente sobre o caso na manhã desta terça-feira (10). Ela informou que o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) e que a perícia preliminar indica morte por esganamento. “Pelas lesões, principalmente no pescoço e na clavícula, há indícios de esganadura”, afirmou.

A delegada também revelou que a vítima foi sufocada com uma sacola. Segundo ela, há fortes indícios de premeditação. “Ele tinha em mente, desde o início, matar a Raíssa e ocultar o cadáver”, disse.

A lona usada para encobrir o corpo era nova, o que reforça a suspeita de que o crime foi planejado. Exames toxicológicos devem indicar se a jovem foi dopada antes de ser morta. “Não há sinais de luta ou de defesa no corpo da vítima […] ela pode ter sido dopada antes de ser assassinada”, explicou Aline.

A principal linha de investigação é a de feminicídio, já que o suspeito teria cometido o crime após a jovem recusar envolvimento afetivo com ele. “Com certeza, o autor não ficará impune”, concluiu a delegada.

Marcelo Alves, 41 anos, conhecido no meio artístico como Alves Li Pernambucano, era motorista de aplicativo e também investia em uma carreira como humorista, realizando pequenas apresentações de stand-up comedy. Antes disso, havia sido professor de kung fu, profissão que marcou sua relação com Raíssa Suellen Ferreira da Silva, uma jovem de apenas 23 anos, cheia de sonhos e vida, desaparecida desde o dia 2 de junho.

Raíssa não era apenas uma amiga para Marcelo — eles se conheciam desde a infância e mantinham uma relação de confiança. Ele havia sido seu professor quando ela tinha apenas 9 anos em projetos de kung fu na Bahia e foi quem a ajudou, há três anos, a se mudar para Curitiba, além de ter sugerido a ela uma oportunidade de trabalho em Sorocaba, São Paulo. No dia do crime, Marcelo contou à polícia que tinha se declarado para Raíssa, mas não foi correspondido e afirmou ter sido xingado por ela.

Nascido em Petrolândia, Pernambuco, Marcelo cresceu em Paulo Afonso, na Bahia — mesma cidade natal de Raíssa. Enquanto ela sonhava em ser modelo e cantora — tendo conquistado o título de Miss Serra Branca Teen em 2020 —, ele conciliava seu trabalho como motorista de Uber com as apresentações de stand-up, tentando construir a carreira artística.

Durante o período em que Raíssa esteve desaparecida, Marcelo manteve contato com a família dela, simulando preocupação. Essa frieza chocou a todos e gerou grande indignação.

Um dia após o desaparecimento, Marcelo publicou pela última vez em suas redes sociais: “Todo caminho, por mais longo que seja, começa sempre pelo primeiro passo.” Somente seis dias depois, ele confessou o assassinato da amiga.

Catve

Redação Policial Web

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