
Um homem de 32 anos, foi preso pela Polícia Civil do Rio de Janeiro acusado de matar sua ex-esposa, de 36 anos. O crime, segundo as investigações, teria sido premeditado com o objetivo de que o homem pudesse manter um relacionamento com seu genro, um adolescente de 17 anos.
O caso aconteceu em Santa Veridiana, uma comunidade localizada em Santa Cruz, na Zona Oeste da capital fluminense.
O casal iniciou o relacionamento em 2019. Na época, ela já era mãe de dois filhos de um relacionamento anterior, que passaram a morar com o padrasto. Posteriormente, o casal teve um filho juntos, hoje com 2 anos de idade.

A filha mais velha da mulher começou a namorar o adolescente no início de 2024, e ele acabou se aproximando da família. De acordo com a polícia, o assassino teria se apaixonado pelo jovem e o convidado a viver na mesma casa.
Testemunhas relataram que o relacionamento entre o casal era conturbado, com brigas frequentes e episódios de agressão, inclusive contra os enteados. Familiares afirmaram que a mulher era constantemente ameaçada pelo companheiro, principalmente quando cogitava deixá-lo e levar o filho do casal consigo.
Um mês antes do crime, a mulher decidiu sair de casa com os dois filhos mais velhos e se abrigou na residência da mãe, em Nova Iguaçu. Ela teria informado ao homem que buscaria na Justiça a guarda do filho mais novo, o que, segundo os investigadores, motivou o plano do assassinato.
Para atrair a vítima, o acusado marcou um encontro com a ex-companheira sob o pretexto de uma noite íntima. A mulher levou salgadinhos e vinho e foi ao encontro do homem. Lá, foi levada a uma área de mata em Santa Cruz. Segundo relato do próprio acusado, enquanto ela estava nua, ele a algemou e a degolou. Como a faca utilizada estava cega, ele ainda desferiu diversos golpes contra a vítima. Em seguida, coberto de sangue, retornou à sua casa e pediu para o genro e outro adolescente comprarem gasolina, com a qual voltou ao local do crime e ateou fogo no corpo da mulher. O homem confessou ter retornado ao local outras três vezes para tentar destruir completamente os restos mortais.
Após o crime, o adolescente contou que o assassino usou o celular da vítima para enviar mensagens a familiares, fingindo que a mulher havia decidido se afastar por vontade própria. Desconfiada da situação, a família procurou a polícia após 40 dias e registrou um boletim de ocorrência por desaparecimento.
De acordo com o depoimento do adolescente, ele decidiu deixar a casa de do acusado depois que o homem mostrou imagens do crime. Ao chegar à casa da mãe, ela estranhou o comportamento do filho e, após insistência, ele revelou toda a história.
A Justiça expediu mandado de prisão temporária contra o acusado, que agora responderá por feminicídio. As investigações seguem em andamento.
Com informações do O São Gonçalo e CGN