Video: Mulher feita refém pelo ex é resgatada após promotora notar sinais em audiência virtual

O Ministério Público do DF informou que a audiência tinha como objetivo discutir a relação entre a vítima e o agressor. Durante a videoconferência, a mulher que estava dentro do veículo, virou a câmera do celular para mostrar que estava acompanhada do ex-companheiro. Enquanto isso, o homem mantinha a cabeça baixa, tentando evitar ser filmado.

Intervenção da promotoria e reação do agressor

“Tudo bem com a senhora?”, questionou a promotora. Apesar de responder afirmativamente, a vítima balançou a cabeça negativamente. “A senhora está em um carro. Está estacionada onde?”, insistiu a representante do Ministério Público. Entretanto, ao mencionar que estava em Taguatinga, o homem interrompeu: “É videoconferência. Não quero saber de conversa, não”.

Nas imagens, é possível ver que o suspeito utilizava um fone de ouvido para acompanhar a audiência enquanto tentava se esconder da câmera. Em determinado momento, a mulher girou novamente o celular na tentativa de revelar sua localização. 

A ligação foi interrompida antes do término da sessão. Diante das evidências, integrantes do Ministério Público, do Tribunal de Justiça e da Defensoria Pública concluíram que a mulher estava sob coerção. Um mandado de prisão foi expedido, e a Polícia Militar acionada. 

A polícia localizou o veículo do suspeito na DF-457, sentido Samambaia. As câmeras da viatura registraram o momento em que, por fim, os agentes abordaram o suspeito.

Relato da vítima e antecedentes do agressor

Em depoimento, a mulher contou que ele a sequestrou na noite anterior em frente a um supermercado no Recanto das Emas. O homem a levou à força para um hotel em Valparaíso (GO) e na manhã seguinte, a obrigou a entrar no carro, onde permaneceram circulando pelo DF. Segundo ela, o ex-companheiro estava em surto. 

O casal já estava separado e a vítima contava com medida protetiva. A PM destacou que a equipe do Provid oferecia suporte regular à mulher. A polícia prendeu o agressor, que já tinha antecedentes por violência doméstica, em flagrante e o levou para a 12ª Delegacia. Além do crime de sequestro (art. 148 do Código Penal), ele também tinha um mandado de prisão pendente por descumprir medida protetiva.

Onde denunciar violência contra a mulher?

• Ligue 180 (serviço gratuito); 
• Acesse o site da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos; 
• Baixe o aplicativo Direitos Humanos Brasil; 
• Disque 190 em caso de emergência; 
• Registre ocorrência em delegacias, preferencialmente nas Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (Deam); 
• Procure os Centros de Referência da Mulher para suporte psicológico, jurídico e acolhimento.