CRAS inicia novo grupo reflexivo do Programa Reconstruindo Vivências

O Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de Assis Chateaubriand, em parceria com o Poder Judiciário, deu início a mais uma etapa do Programa “Reconstruindo Vivências”. A iniciativa busca promover Grupos Reflexivos voltados para homens autores de violência, proporcionando um espaço de diálogo e conscientização sobre relações de gênero e masculinidade.

De acordo com as profissionais envolvidas no projeto, os Grupos Reflexivos são ferramentas essenciais para repensar comportamentos e atitudes que perpetuam a violência. O programa tem como objetivo principal a responsabilização dos participantes, a prevenção de novos episódios violentos e a desconstrução da associação entre masculinidade e violência.

Durante os encontros, são abordados temas como desigualdade de gênero, dinâmicas de poder e estratégias para resolução de conflitos sem o uso da violência. A metodologia adotada privilegia a troca de experiências e a construção coletiva de novos significados para as vivências cotidianas dos participantes. Dessa forma, busca-se fomentar um ambiente de conscientização e transformação pessoal.

A Lei Maria da Penha, que estabelece diretrizes para o enfrentamento à violência doméstica, orienta ações tanto no acolhimento às mulheres vítimas quanto na reeducação dos autores de violência. Nesse contexto, o programa “Reconstruindo Vivências” se apresenta como uma ação complementar às políticas públicas de proteção às mulheres, promovendo uma abordagem integrada que visa romper com a naturalização da violência em todas as suas formas.

A Secretária de Assistência Social do município, Susana Borella, destacou a relevância do programa. Segundo ela, oferecer um espaço para que os homens reflitam sobre suas atitudes é fundamental para promover mudanças reais nas relações interpessoais. “O diálogo é sempre o melhor caminho para solucionar conflitos. Esse programa permite que os participantes ressignifiquem suas vivências e compreendam a importância de construir relações baseadas no respeito e na igualdade”, afirmou.