
São Pedro do Iguaçu – Dos 6 vereadores afastados liminarmente de suas funções na Câmara Municipal de Vereadores de São Pedro do Iguaçu por decisão judicial no mês passado, 3 deles protagonizaram um fato histórico na política regional.
Eles enviaram ao Legislativo Municipal seus pedidos de renúncia, todos lidos e aprovados na noite de segunda-feira (27) durante sessão ordinária daquela Casa de Leis.
Entre eles estava o do então presidente da Câmara, Fernando Frisso (PSC).
Além dele, foram lidas as cartas de renúncia de Rodrigo Cristian Zampieri (Solidariedade) e de Renato Bravo (PSD).
Eles respondem por suspeitas de ilegalidades na concessão de diárias e na condução de licitações. O processo segue em tramitação envolve ainda 3 servidores da Câmara de São Pedro do Iguaçu, um contador e dois servidores comissionados.
O afastamento de todos ocorreu após deflagração de uma etapa da Operação Gulon, conduzida pela 4ª Promotoria de Justiça de Toledo, responsável pela comarca com o apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
O primeiro dos pedidos lido nesta noite foi de Rodrigo Cristian Zampieri. No documento ele alegou que os motivos eram única e exclusivamente de foro íntimo.
O segundo pedido foi do agora ex-vereador Renato Bravo (PSD). Bravo foi o único que usou o espaço para se defender das acusações, alertando que o afastamento do cargo de vereador é público e notório e que ocorreu em razão de definição do judiciário, mas que o “pedido dos fundamentos da decisão é apartado da verdade dos fatos, não reconhecendo as imputações como verdadeiras”. O vereador disse ainda que a opção de se afastar da vida pública é para não haver qualquer questionamento sobre interferência nos fatos e que acredita que sua inocência ficará provada no decorrer do processo.
O terceiro e último pedido foi do ex-presidente Fernando Frisso que também afirmou que o motivo é única e exclusivamente de foro íntimo.
Relembre o caso
O afastamento com pedido liminar foi deferido em 30 de março pela 2ª Vara Criminal de Toledo que determinou, além do afastamento da função pública dos investigados, a proibição de acesso e frequência ao Legislativo de modo que não prejudicassem a sequência das investigações.
A operação teve início em novembro de 2019 e no mês passado foram então cumpridos 14 mandados de busca e apreensão em imóveis de Toledo e São Pedro do Iguaçu.
Vale ressaltar que o Legislativo em São pedro do Iguaçu tem 9 parlamentares, dos quais 6 foram afastados durante as investigações.
Fonte: Portal 24h/Juliet Manfrin – Foto: Aílton Santos/Arquivo




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